Terça-feira, 27 de Dezembro de 2005
Não pensei que ainda cá estivesse neste Natal (e sorriu-se).
A única coisa que me fez querer o Natal e chorar uma triste-lágrima-feliz, foi o meu avô estar ali, tendemos a esquecer que um dia...
publicado por zéoliveira às 14:36
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Dá a pele por mim, vive por mim, mata-te por mim. É só isso que peço, que queimes tudo o que tiveres. Para poderes estar como eu estou comigo.
publicado por zéoliveira às 14:08
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lamentavelmente terei que fugir, não é que um piano perdido me vá cair em cima
mas se os dias aqui estão é por alguma razão
alternativa seria deixar-me cair
se de repente os ossos se começam a roer
se de repente as primeiras pedras se cansam da posição
se tudo isso não acontece, é porque vai ainda acontecer
agente desmorona-se, tão certo como os dias depois das noites
publicado por zéoliveira às 14:00
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Por alguns dias a ilusão de ser outra vez gente, pessoa. Felizmente passa depressa.
O tempo passa mas não o passado, esse não morre. E este ano anda-me a perseguir, quase todos os meses vêm cá ter, a maior parte a pedir para voltar a existir, quem percebe os mecanismos do desejo? Quem quer repetir, acordar o morto? Algumas mulheres deviam usar calendário para saberem que os dias são todos diferentes.
Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2005
quem és tu que escrevi isto tudo por aqui?
quem sou eu para ler o que escreveste?
descaradamente leio quem eras, sem pudor.
falo comigo-tigo-nós os dois que somos um, e éramos outro.
publicado por zéoliveira às 15:31
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Domingo, 11 de Dezembro de 2005
Estamos a ficar os especialistas da última vez. Acreditamos piamente que é a última vez, discutimos o assunto com remorsos e entusiasmo à tarde.
Cenas inenarráveis por aqui, coisas indescritíveis que acontecem de cada última vez. Uma tarde alguém vai ligar a alguém e ter uma resposta saudável?
Isto é uma prisão demente (com a porta aberta), onde nos perdemos uns dos outros.
publicado por zéoliveira às 16:48
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O estômago acaba de dar 3 mortais invertidos, em sintonia com outros órgãos ainda mais malcheirosos. Não se deve ler o que não se deve ler, acabei de infringir essa regra. Nada é literatura se te sentires também personagem! É tão elementar pá! Qualquer dia vou ter de discutir este problema...
E agora caiu-me um Mundo em cima. É pior que acordar outra e outra vez em casas que não conheço, com pessoas que quase não vi. Agora olhei coisas que não podia ter visto, que não sei se aguento ter sabido. Mudaram-me os olhos que vos vêm...
publicado por zéoliveira às 16:48
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talvez esta história esteja a acabar, um ano estranho está a acabar
este sítio talvez vá ser enterrado, parece-me que é isso que vai acontecer
não tenho a certeza absoluta, mas se virem aqui o epitáfio...
então passa a ser irreversível
a vida segue dentro de momentos
com o optimismo de antes
publicado por zéoliveira às 11:22
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Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2005
termodinâmica - fascinante as reacções entre nós
os choques equívocos, as agendas pessoais,
os desejos bem ou mal saciados
dias há que acontecem maravilhosos (e estranhos) encontros
tantas pessoas juntas tinha de dar qualquer coisa explicável,
é muito parecido com termodinâmica a vida
e dos toques anteriores resultam os choques seguintes,
como convém a uma lei.
dias em que ninguém te desvia,
dias em que ninguém se desvia, e que... choques, suor e lágrimas felizes?