Terça-feira, 31 de Janeiro de 2006

... FIM...Lá vou para a próxima volta na montanha russa. Nova morada: Feira Popular, escondido num buraco um dia, em cima do telhado noutro dia.
Compra-se dois bilhetes, é sempre igual, já não assustam as descidas, já não há expectativa nas subidas, porque dura o tempo de uma viagem... e sei que no fim...FIM..
Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2006
Anda-se para aqui com o cu à mostra, e vêm-se para aqui enfiar-nos o dedo.
Parecemos cães a cheirar-nos uns aos outros,
e a ver as vidas por uma janela com vidros de plasma.
Parecerá esta ideia feia como merda a boiar na sanita,
mas andar nu para quem queira tocar e cheirar é uma experiência sublime.
Deves concordar, bem sei que fazes o mesmo.
publicado por zéoliveira às 17:39
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Se num longo instante de sã bestialidade
Eu me visse despido de capas e temores?
Se neste espaço todo que pisamos.
Eu me visse sem o ar que agita as folhas?
Para lá dos montes, em cima deles talvez,
Eu me visse cego no meio das nuvens?
Suposições de viver, em muitas direcções.
publicado por zéoliveira às 17:28
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Segunda-feira, 16 de Janeiro de 2006
Dias são dias, por aqui se sentiu um ano inteiro
Só que ultimamente, este incessante vomitado não está fazer sentido.
Bem sei que onde se vive ainda é um planeta redondo, perto do sol, com uma lua a rodar à volta.
Mas castelos no ar, estranhos encontros, comichões coçadas com entusiasmo, hoje e nos últimos dias, parecem estar a mirrar, a secar por falta de água.
Até ao próximo dilúvio.
publicado por zéoliveira às 17:52
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Domingo, 1 de Janeiro de 2006
Não se vê nada no escuro, não se está a ver nada, neste dia sem luz.
As tentativas de pensar o que não é visível dão em construções mentais espectacularmente falsas.
Estou a falar de acidentes quase fatais, evidentemente.
Desejar não desejar,
Se as vidas não se colam, porquê a insistência?
Se em cada curva agente se mata uns aos outros, alternadamente,
Porquê a morbidez do querer?
A ideia de que todo o gelo do mundo não arrefece a vontade é assustadora.
Melhor era estar morto, mas sem que ninguém saiba.
Estar perdido no escuro, como nos pesadelos das crianças.
publicado por zéoliveira às 17:07
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Construí-me um mito, um mito incendiário
A arder por dentro outra vez, mais uma vez
O sonho e a imaginação entraram pelos olhos dentro,
Chegaram ao âmago, e pegaram-me fogo
Volta-se ao estado demente/ardente, ao ponto de onde não se devia ter saído,
Pelo menos desta vez, não me devia ter traído.
Digo isto incessantemente para me ouvir, a voz da consciência
Hoje afinal é um dia de merda!
Como de merda têm sido os dias anteriores, mesmo sem o saber.
publicado por zéoliveira às 16:18
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