Terça-feira, 30 de Maio de 2006

vou ver a praia onde o cavaleiro da triste figura disse
-Dulcinea del Toboso es la más hermosa mujer del mundo, y yo el más
desdichado caballero de la tierra, y no es bien que mi flaqueza defraude
esta verdad. Aprieta, caballero, la lanza, y quítame la vida, pues me has
quitado la honra
publicado por zéoliveira às 00:40
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Quinta-feira, 25 de Maio de 2006
Confortavelmente a ver o Mundo passar em redor.
Gosto da cor dos novos óculos. Os que a alma (?) me pôs nos olhos.
publicado por zéoliveira às 19:51
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Quarta-feira, 24 de Maio de 2006
Os passos tortos dos que andam por aqui, à colherada nas malgas que se deixam. Se sopas e doces são o que nos faz o sangue, então porque mordemos?
Comermos, comer-nos. Porque é que tem de haver esta constante procura de corpos para nos alimentarmos, fazê-los desaparecer dentro de nós e a seguir chorar de raiva?
Talvez que a óbvia e cansada desculpa Darwinista sirva. Mas talvez que os corações e outros órgãos digeridos façam pensar que a vida não pode ser só os meios e os fins.
Talvez aparecer e depois viver seja tão violento que quase não se vê, uma cegueira do que somos e fazemos.
Segunda-feira, 15 de Maio de 2006
A salvo, no quente e claro sítio de onde pensamos que somos? Na esfera de conforto?
Se os pés estão sempre à mesma distância da cabeça, com mais ou menos curvas e secreções internas ou de outrém, pelo meio do caminho. Como é que se procura o que se esquece com o tempo? Se os pés soubessem caminhar mais sós. Assim os olhos se fechassem e a língua secasse e encolhesse.
Que grande jornada para fazer poucos metros. Dar tantas voltas para ficar no mesmo sítio.
publicado por zéoliveira às 23:28
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Domingo, 14 de Maio de 2006
Se a calma certeza de saber, quando nem todos os seres estão como era suposto ser, mudanças na seiva, na casca.
Mudanças sinceras e fundas, escuras como a noite. Mas reais como pedras.
Não é que porcos andem por aí de bicicleta, mas se reparares, algo vai mudando na natureza de alguns. Como que mudando de identidade, de ser, de ser-mos vivos e portanto atreitos a tudo o que é vermo-nos vivos, a mudar.
Se existe significação para existir, terá de ser com tocar, com mudar e com lama.
publicado por zéoliveira às 01:06
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Quinta-feira, 4 de Maio de 2006
As minas da mente, ilusões armadilhadas, emoções boas ou más. Pouco consistentes como o plástico de que se faz outras embalagens (que não esta a mente).
Curioso nunca ter querido saber o que é psicanálise... já assim se descontrói e relativiza o que em menos de umas horas/dias/anos era mais verdade que ter mãe na mente, evidente.
Tudo para dizer, realmente não posso acreditar em mim.
Estou como dá jeito em cada tempo, à mente, essa facção renegada do consciente.
O inimigo somos nós.