se isto é um lado lunar
aqui está um possível lado solar: www.nhapraia.blogspot.com
e um lado ritmado: www.ouvidosnasorelhas.blogspot.com
ainda são poucos lados, como todos, sou um ser complexo
hoje não se posta.
para a cama cedo. e sonhar mais ou menos contrariado.
com a mulher mais gira de todas as que já deitei a vista.
contingênias...diria um estóico.
faltam poucos dias para ter gasto metade do ano
ainda bem que não há gestão por objectivos nas emoções, senão era despedido
não resolvi, não resolvo, não fiz nada desta metade do ano
(a não ser merda claro está)
o que vale é que o ano vai-se acabar
e vou ficar com umas histórias mais ou menos felizes ou não
e tudo o resto completamente na mesma
quando digo tudo o resto quero dizer isso mesmo,
tudo na mesma, mas com mais histórias desencontradas
a que propósito este borbulhar do lado mais fingido-romântico-nice-depressed-gajo?
porque sim e porque estou a ouvir morphine
qualquer dia posso competir com galhardia se o tema for quantidade.
1.
só uma vez uma amiga minha me disse que um gajo era mesmo bom na cama, uma só vez... foi o suficiente para nunca mais gramar o gajo.
2.
existem mulheres que falam muito (e bem) de sexo, outras não falam pura e simplesmente... mas as probabilidades de haver o dito fora da gramática são as mesmíssimas, estranhamente não existe relação causal que me apercebesse até hoje.
3.
há quem defenda que o amor é um misto de construção social com necessidade biológica, uma pura construção que é portanto desconstruível. Ou seja, é um misto de fomeca com o que se espera que faças com a tua vida. Bom, eu cá às vezes gostava de acreditar nisso, era uma ajuda.
4.
quase todos nós vivemos obcecados com a forma de que se reveste o nosso corpo, a não ser quando andamos realmente distraídos. pode ser a fonte da nossa melancolia, ou o material que esculpimos, mas no fundo vai dar ao mesmo. claro que a fonte da melancolia acaba por gerar raciocínios mais elevados e barrigas mais proeminentes. e a guerra em direcção ao perfect body acaba a estupidificar ligeiramente (e estou a ser meigo).
5.
a única coisa que não é fácil de entender é a variação sazonal da líbido, milhões de anos de evolução e um gajo anda com ponta por causa das flores a nascer?!
6.
a verdadeira prova do amor é o desejo, pelo menos para mim. um desejo com alvo. bem pode o mundo à volta estar cheio de ninfas que só apetece aquele corpo, é contra-intuitivo em termos biológicos, eu acho, mas para mim é um facto, não é uma opinião que possa mudar..
e se a meio de uma qualquer viagem ficasses sem destino?
e se a meio de uma qualquer viagem ficasses sem sítio para onde voltar?
e se de cada vez que viajas procurasses perder o destino e a origem?
e se a única coisa que quisesses no percurso fosse perderes-te?
perder de donde vens e para onde vais
Não é fácil escrever sobre o que se passa,
quando de facto, cá dentro, algo se está a passar.
Não é fácil ter gramática e prosa e etc
quando o coração sobe sobe e acaba a encher a boca.
Não é fácil falar quando nos falta o ar.
Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
Eu vi
Mas não agarrei
ornatos violeta - aka o melhor e tudo grupo roque de sempre (sempre é talvez tempo a mais)
li esta citação algures, parece-me apropriado e verdadeiro caraças!
"Non! Non! Pas d'amitié, madame, j'aime mieux mourir d'amour que vivre d'amitié"
Alexandre Dumas, Le Vicomte de Bragelonne
1.
ela queria uma família, ele queria room-service
2.
ele tinha medo de viver, ela tinha medo de o deixar
3.
ele gostava de a foder, ela gostava do descapotável novo
4.
ela cansou-se de procurar, ele nunca sequer tentou
5.
ela engravidou, ele até gostou da partida do destino
6.
ela gostava do toque dele, ele derretia-se com o sorriso dela
7.
ela era alcoólica e tomava conta dos putos, ele estava sempre fora
8.
eles fizeram as contas e saía mais barato viver assim juntos
9.
ela não sabia nem queria saber viver sem ela, ele idem
últimos objectos de consumo:
- colete salva-vidas,
- garrafa de gin,
- casaco de linho,
dá para ler a mente no cartão VISA?
pessoas que nascem determinadas a serem infelizes, por militância.
pessoas que vivem a vestir uma qualquer roupa moral que lhes é confortável.
pessoas que beijam com culpa, pessoas que expiam pecados
pessoas que mostram, pessoas que se escondem
pessoas são gente complexa, tantas pessoas que não conheço
(o título é uma frase roubada: People are strange - Doors)
gosto de gostar de ti, gosto de tudo em ti,
ainda por cima
gosto até do que não gosto em ti, e da ideia de não gostar de tudo em ti
gosto de não seres igual a mim
gostar é essencialmente um acidente que acontece
mas a quem se pôe deitado a olhar para o lado contrário da estrada
é preciso estar distraído, é preciso estar a olhar para longe
é preciso não afastar os olhos. dos teus.
um dia os dias vão ser diferentes, um dia vai mudar o resto dos dias,
é o que dá quatro dias na arrifana...
porcaria de projectos e cálculos e cidades e trânsito
hoje divaga-se na ideia do paraíso à beira-mar, de chinelo a fazer caipirinhas
quando se sai da caverna, é difícil voltar a habituar os olhos a este lusco-fusco
vamo-nos alimentando da ideia de um dia mandar esta merda toda para trás das costas
Vale a pena registar as coisas diferentes? Um curto-circuito neuronal?
31 anos e sonhei que tinha um filho, nunca me tinha acontecido, mas atenção, com todos os pormenores. Em boa verdade, é raro lembrar-me dos sonhos, uma boa defesa natural esta de não ter memória curta, nem comprida já agora.
Mas os detalhes, aos detalhes.
Era uma miúda, ao menos não vai à tropa... Era uma filha já pós-moderna, porque percebi que não vivia com a mãe dela, até sei quem era a mãe, mas isso fica para só mim, demasiado complicado de explicar. Tinha havido uma separação, que nós tinhamos feito uma filha juntos (como se houvesse outra forma de o fazer, sem ser juntos, até mais que juntos, foi dentro dela de certeza, mas isso não me lembro, devo ter adormecido nessa parte do sonho). Adiante que esta parte não tem interesse. Percebi que era confortável no sonho ter uma filha, sem viver como se acha natural na família normal, para mim pelo menos... estranho para alguém que nem conhecia estas disfuncionalidades há pouco tempo. Espantei-me com não ser um pesadelo, até ser agradável a ideia, não conhecia esta parte do meu filme. Uma coisa é um gajo aceitar todas as formas e geometrias, outra é ver-se confortável nelas. Aprendi qualquer coisa naquele sonho esquisito. Que não me conheço assim tanto.
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