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Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Alvaro de Campos
O problema é que não consigo abrir mais a boca
A fome é boa conselheira, não há dúvida
Ganha-se em instinto o que se perde em nem sentir o chão
Já para não falar do sentido disto... tudo
E a vida continua não é? Não?
andam alguns por fora que deviam estar cá dentro.
amigos, bem entendido
tenho bilhete para uma fantástica viagem...
e vou, como sempre, cheio de fé
o futuro hoje não me consegue roubar esta doença chamada optimismo,
ou o mesmo é dizer, um sabor bom na boca.
um inestimável contributo para a lista das metáforas sobre a vida:
a vida é uma pastelaria onde nos deixam provar montes de bolos sem pagar
(porque na melhor das hipóteses morre-se de indigestão
e na pior morre-se sem se passar nada de doce)
de qualquer modo não sais de lá (vida) pelo teu próprio pé
tem umas caixas pequenas para os bolos
e umas maiores para os tolos (todos os que não são bolos)
(estou orgulhoso da rematada poia que aqui deixo, foi intestinalmente uma metáfora diurética)
alguém viu o meu telecomando? é que queria fazer PAUSE...
atenção, é pelas melhores razões.
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We expected something, something better than before.
We expected something more
Do you really think you can just put it in a safe behind a painting,
lock it up and leave
Walk away now and you’re gonna start a war
Whatever went away I’ll get it over again.
I’ll get money, I’ll get funny again
Walk away now and you’re gonna start a war
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em memória de dias que foi assim como está escrito,
muito tempo dura a guerra, mas todas acabam por acabar,
mesmo que acabem... por quase nos matar
posso escrever um post porque estou alteradamente feliz ou infeliz
posso escrever porque encontrei três substantivos e quero os verbos
pode ser catarse, pode ser psicoterapia
pode ser para ver as horas, porque elas aparecem depois de editado o texto
pode o relógio nao estar à mão
facilmente gosto de quem me entende, gosto de quem por exemplo percebe o que aqui se escreve
fascino-me adoro espanto-me derreto-me escangalho-me revolto-me, por quem não entende, nem quer, quem simplesmente ignora à segunda frase, à segunda palavra
moral cristã talvez... fúria missionária num ateu?
adorar o que é estranho, mesmo que o estranho seja eu nos outros. e adorar os que me acham outro.
talvez que seja só coincidência, a vontade não coincidir com compreender-te.
sempre independentemente do tempo e de ti.
afinal já sabia antes que:
vende compra aluga aliena constrói reconstrói paga pede rouba spreada jura mente recente ressente-te mata fere magoa destoa entoa conluia concilia arrelia arrebita e admite de uma vez por todas não existe poesia
curioso observar as influências no ànimo da gente.
pequenas migalhas que provocam um sítio perto da euforia
contrariedades às vezes imaginadas que fecham a cara e o resto
é um jogo de xadrez, isto do estado de espírito, vive de expectativas mais do que de golos marcados
gosto muito do meu instinto.
dá-me sempre avisados conselhos, que eu aliás nunca sigo.
e ando sempre com montes de feridas, mas com a consciência que as podia ter evitado.
cada dia que passa tenho mais dificuldade em discutir com os outros, e acabo a fazer o debate comigo. sempre fui preguiçoso a construir no verbo falado ideias, mas não por vergonha.
o futuro reserva dialogar com os outros e debater intensamente comigo.
chama-se a isto ficar estúpido.
não há forma de te perder, sem tu me perderes também. e vice-versa.
é sempre um jogo de soma negativa.
será que sabes isso?
(já me ocorreu fazer esta pergunta. por ter vergonha na cara umas vezes, doutras por ter 1 mg de amor próprio, sempre me proibí.
e claro, para não ver uma cara de estupefacção a meio de uma cena que devia ser profunda e tal)
chama-se talvez determinismo romântico optimista de grau doentio.
gosto do embrulho e do que vem lá dentro.
existe uma rua muito comprida onde todos os dias se faz um mercado ou uma feira, não sei muito bem. as pessoas deitam toalhas no chão, montam as suas barraquinhas, e dão o melhor que têm para a troca. é difícil entender quem está parado como feirante, ou a andar como turista acidental. penso que num dia os que são vendedores são os turistas acidentais da véspera. como em todas as feiras há quem saia feliz no fim do dia, quem se sinta enganado, há quem ande só a ver, há quem precise desesperadamente de encontrar. há quem queria só uma sombra que aconchegue. há quem chore de raiva, eventualmente todos choram, lágrimas felizes ou de raiva, dependendo dos dias.
e no entanto sempre apetece lá voltar, à rua comprida.
recebi outro mail a convidar p inscrever no hi5. do alto da minha talvez arrogância, aquilo parece-me a coisa mais mentalmente indigente que alguém um dia criou. o conceito até podia ser bom, facilitador de relações de todos os tipos, o resultado é uma espécie de chernobyll da internet.
a única desculpa válida é dos gajos que admitem que estão lá para ver se fodem, e aí tem mérito, até pelo wishfull-thinking.
mas um gajo apresentar-se com umas fotos e o lema da vida, com uma lista dos "amigos" ao lado... tipo anúncio dos classificados...
a parte com piada, já percebi que toda a gente navega a olhar para as fotos, vai clicando nas mais giras, enfim uma espécie de catálogo la redoute de caras mais ou menos feias ou não..
(já lá estive, a propósito, desculpem a violência da opinião)
não sei porquê mas voltei (re-voltei? re-re-voltei?) ao livro do desassossego.
este vai durar a vida toda, leio para trás, para a frente, para os lados.
leio hoje, amanhã, daqui a um ano.
é admirável.
um assumido escravo das palavras e das frases,
parece que o sentido começa a acaba por ali.
sem aderência ao mundo exterior, mais do que ficção, inexplicável, doentio, belo.
Here you come again with the wind at your heels
The brightest thing I've seen for years and years
Sun - Lamb
personagem A
- não era isto que estava à espera... não és nada como eu pensava
personagem B
- não posso responder pelas expectativas que criaste, nem pelo que construiste a partir do nada. não me podes cobrar as tuas fantasias
personagem A
- adeus
personagem B
- adeus
to cut a long story short... reparei hoje nas papeladas, foi nesse dia que comprei a casa. faz 5 anos e um mês.
todos os dias que passam confirmam
somos condicionados pelo nosso invólucro, o que plasticamente nos vemos e nos vêem
é a base de quem somos
não é um protesto, mas tem-se uma ponta de inveja de quem tem mais sorte
e ignora-se o problema do caso oposto
outra regra seria igualmente injusta
queixemo-nos, mas vale pelas outras vezes.
metade do mundo chega perfeitamente para um tipo mediano, não é?
há-de haver mais profundidade nas relações entre pessoas,
mas quem disse que isso define quem somos?
quem somos não tem muletas, mesmo nos dias mornos em que está por aqui alguém
e no fim há-de ficar o tal invólucro
somos o invólucro, às vezes esquecido pelo conforto de estar aqui alguém tempo suficiente, mas somos o invólucro.
(não é um manifesto contra)
ainda está por perceber se há quedas de que agente não se levanta, na superfície não se entende se se volta sempre a tropeçar, ou se nunca se recupera o andar direitinho.
tem dias que parece uma, tem dias que parece outra.
a piada é que cada queda é quase como a primeira.
aos trambolhões, em suma. com entusiasmo.
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uma equipa de investigadores da Universidade de Glasgow descobriu que o amor não está no coração nem no cérebro, ao contrário do que se pensava.
está num orgão minúsculo entre o cerebelo e a espinal medula, até agora desconhecido.
a equipa afirma que os potenciais da descoberta são enormes, já se fizeram os primeiros testes de remoção do referido orgão com sucesso. equipas ligadas à engenharia genética implantaram genoma de um hamster no orgão de um voluntário inglês. as duas cobaias, o inglês e o hamster, partiram em lua de mel num cruzeiro pelo Mediterrâneo.
mais desenvolvimentos, se se justificar serão aqui publicados.
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