uma coisa interessante de escrever sem fio de jogo (gosto da expressão, so what?) é o teste da luz, está-se no escuro do entre-orelhas a produzir algo parecido com um pensamento e verbaliza-se/escreve-se a coisa.
para mentes mais sinuosas é um verdadeiro desafio atinar com palavras e encadear. às vezes parece mesmo um pensamento e não passa de uma emoção ou de um estado de espírito ou a luz que era um farol é uma velinha de igreja.
é o síndrome daquela ideia porreira que tive há 10 segundos mas de repente não faço ideia do que seja... era mesmo boa, não sei é se era para temperar a salada, para acabar com as guerras ou para meter converseta com a menina da papelaria.
claro que há outras soluções, é mais fácil com emoções, mascara-se bem a coisa com uma monte de metáforas, paralelismos e outras cambalhotas estilísticas e a coisa fica composta (se bem que arrefece no processo...). é o truque do poeta enfim,como não tem coragem para dizer que quer comer a francisca pega no "quero comer a francisca", repete a frase de 10 maneiras diferentes e com hipérboles e analogias e metáforas faz um poema...
e no fim a suprema prosa... consegue-se fazer dezenas, centenas, meses, anos de posts (*), em que se diz rigorosamente o mesmo em todos eles, sempre de maneira diferente, I call it art como diria o Sr. Gainsbourg.
(*) para variar não estou a falar deste blog...
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